quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Há milhares de anos atrás que os nossos antepassados descobriram o poder curativo da natureza e das plantas.
Os homens primitivos aprenderam a utilizar e a maximizar o uso da natureza, tirando proveito das suas plantas, ervas, sementes, resinas e madeiras.

A natureza era assim utilizada no seu quotidiano, na construção de abrigos, como fonte de alimento para os homens e gado, como remédios para feridas e enfermidades, como peças de vestuário para cobrir o corpo, como adorno, como utensílios e ferramentas, etc.

E tanto as plantas como as ervas medicinais, eram ainda largamente utilizadas nos rituais de dança, na fumigação dos primeiros templos e de forma a limpar e energizar o corpo de energias e entidades.

De acordo com recentes dados arqueológicos, o uso da natureza para fins medicinais e como suplemento á vida remonta há pelo menos 60.000 anos. Dai que se entenda que o uso das plantas pode ser enquadrado em fases e referido da seguinte forma:
Há 60.000 o homem de Neandertal era enterrado com ervas medicinais ao lado do seu corpo;
Há 5000 anos, os antigos egípcios foram os primeiros humanos a recomendarem o uso de "muir", de "propolis" de de mel, para fins terapêuticos. (Estes produtos naturais eram muito usados nos tratamentos de beleza e no tratamento de infecções de pele).
E quando os faraós eram sepultados, as suas múmias eram previamente lavadas, preservadas e purificadas com o recurso a ervas medicinais e aos fumos destas.
Por volta do ano 1500 A.C, os antigos egípcios começaram a registar o seu conhecimento a respeito das plantas e das ervas medicinais em papiros.
E em 2700 A.C, os chineses começaram a fazer uso do ginseng e da cânfora para fins medicinais (esta informação encontra-se descrita no famoso livro de "Pen Tsao" (da dinastia Shen-Nung).
Este livro é considerado por muitos arqueólogos, como a primeira compilação escrita que se conhece de plantas e de ervas medicinais.
No ano 700 A.C, os Incas, os Maias e os Aztecas utilizavam a folha da coca e da salsaparrilha para fins medicinais.
E muitas das antigas culturas e povos da América latina e da América do norte, utilizavam plantas indígenas, de modo a tratarem os seus problemas de saúde e nas suas cerimonias religiosas. Estas eram ainda muito utilizadas como oferendas aos deuses, e de modo a honrarem os seus templos.
Dai que se possa adiantar, que tanto a América Latina como o Antigo Egipto, a China, a Grécia, a Pérsia, o Tibete e a Índia ( tratamentos naturais Ayurveda), já se faziam misturas de ervas e de plantas medicinais para fins terapêuticos.

Deste modo, o conhecimento sobre as plantas e as ervas medicinais, é algo que faz parte da historia humana, sendo comum a muitas culturas e povos mundiais.

O que é o Herbologia?
A Herbologia pode ser definida, como sendo uma prática milenar que recorre ao uso das plantas e das ervas medicinais para fins terapêuticos.
Estas são também usadas como alimentos (na nossa nutrição diária), e como forma de prevenção contra certas enfermidades.
E crê-se actualmente, que cerca de um quarto das "drogas sintéticas" recomendadas pelos médicos na medicina convencional, derivam directamente de plantas e da natureza, como por ex: a aspirina deriva da casca do Salgueiro (Salix spp.), a digitalis do trevo (Digitalis purpurea), a vinblastine da pervinca do Madagascar (Vinca rosea) etc.

Classificação das Ervas de Acordo com Suas Propriedades

As ervas são:

Adstringentes- quando contraem os tecidos, combatendo diversas moléstias inflamatórias.
Antisépticas - quando são desinfetantes.
Aperientes - quando abrem o apetite.
Béquicas - quando combatem a tosse.
Calmantes ou sedativas - quando exercem função calmante sobre o sistema nervoso.
Carminativas - quando combatem as flatulências.
Depurativas - quando purificam o sangue e limpam os humores.
Desobstruentes - quando combatem as obstruções.
Diuréticas - quando aumentam a urina
Emenagoga - quando provocam ou restabelecem a menstruação.
Eméticas - quando provocam vômitos.
Emolientes - quando, em qualquer parte do corpo, abrandam o tecido endurecido por abscessos, úlceras, inflamações,contusões, etc.
Estimulantes - quando aumentam as energias das funções vitais, exercendo ação vivificante sobre os órgãos e normalizando seu funcionamento.
Estomacais - quando agem diretamente no estomago.
Esurinas - quando excitam a fome.
Expectorantes - quando exercem ação especial sobre as vias respiratórias.
Febrífugas - quando combatem as febres.
Hemostáticas - quando combatem as hemorragias.
Purgativas, laxativas, catárticas, drásticas - quando provocam ou aceleram evacuações.
Resolutivas - quando fazem cessar inflamações.
Sudoríficas ou diaforéticas - quando provocam a transpiração.
Tônicas - quando fortificam o organismo, combatendo debilidades em geral.
Vermífugas ou antelmínticas - quando combatem lombrigas.
Vulnerárias - quando são próprias para curas feridas.

Nenhum comentário: